Café

Café

terça-feira, 26 de junho de 2012

Tolerância

Cheguei do trabalho ontem com fome, cansada e com dor de cabeça.
Enquanto a panela elétrica preparava um arrozinho e eu ajeitava outras coisinhas para o jantar, ouvi o barulhinho que vinha do celular ... Era mensagem chegando , limpei as mãos rapidamente na toalha de prato e corri para ver o SMS , num misto de tensão e curiosidade.
Não, eu não conhecia o número que havia me contactado , mas a mensagem me dizia uma gracinha daquelas que , num dia de mau humor, te aborrecem .
Joguei , literalmente, o celular de volta na bolsa.
Terminei de preparar o jantarzinho .
Comi e tomei um analgésico .
Banho morno.
Camisolona daquelas que a gente veste para se jogar na cama  e assistir novela .
Resolvi, assim, do nada revirar o celular pelo avesso .
Reli umas mensagens que estavam salvas e eu nem sabia quem havia mandado.
E , em alguns casos, resolvi ligar para tirar todas as dúvidas .
Frases curtinhas, atravessadas, desaforadas, me alfinetando.
De repente bateu essa vontade de saber quem mandou.
Liguei, ouvi vozes que não conhecia,
Desliguei.
Liguei, ouvi vozes conhecidas .
Desliguei.
Num misto de decepção e tristeza.
A gente se entristece de ver gente que gosta alfinetando a gente por algum motivo bobo ou inexistente.
Respirei fundo .
Liguei o ar .
Me ajeitei embaixo do edredon .
Apaguei .
Apaguei as mensagens , apaguei o celular, me apaguei.
Acordei agora, buscando um comprimido de tolerância.
Preciso desse remédio para o que estou sentindo agora.
Beijocas da Madame .

Um comentário:

  1. Olá! Madame, não se aborreça. Também recebo mensagens desse tipo, que acredito ser de pessoas que não veem graça em suas vidas e resolvem interferir na dos outros.
    Colírio diet pra hoje. beijos

    ResponderExcluir

Comentários para Madame Sucralose