Café

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domingo, 28 de dezembro de 2014

Pandoro !



Existe um esforço muito solitário para escrever e, ultimamente,  Madame tem pensado nas palavras com mais rigor e cuidado.
Ser interpretado corretamente é mais difícil do que interpretar-se.
Sempre me preocupei com a leitura que fazem do que faço/falo, agora a preocupação da Madame é com a leitura que não foi feita, com o fato de não terem alcançado a compreensão do que fiz/tentei fazer  isso tem me decepcionado bastante.
Tenho andado decepcionada com o olhar raso das pessoas.
O Natal de 2014 tinha tudo para ser incrível, planejei tudo antecipadamente.
Preparei muita comida, arrumei mesa, recebi muita gente.
Um dos meus tios não relaciona-se com os filhos que teve em seu primeiro casamento e uma das filhas iria me visitar naquela tarde. Minha mãe ficou aflita e perguntou o que eu ia fazer.
Respondi que não ia dispensar uma das duas visitas, mas administrar suas diferenças e tentar manter o clima razoavelmente bem, era natal e eu amo a data.
Na hora do café da tarde, dentre as outras coisas que coloquei na mesa,  parto um Pandoro (um pão natalino sem frutas) e coloco os pedaços numa boa travessa.
O tal tio paterno olha os pedaços do Pandoro, queixa-se da ausência das frutas e me diz dois desaforos na frente do restante da família que assistiu a cena atônita.
Os desaforos diziam respeito a possibilidade de eu ter oferecido a ele o que havia de pior na vida, sentiu-se desprestigiado porque o “panetone” não tinha frutas. A cena foi tão descabida que, em silêncio, resgatei a travessa da mesa e levei-a para minha casa. Tomei um banho, troquei de roupa e fui dar uma volta de carro, para espairecer, para rir de tudo aquilo e, por fim, para dar uma passada na minha igreja.
As pessoas  só enxergam a superficialidade dos fatos, não interessa investigar os motivos pelos quais foram adotadas certas estratégias em detrimento de outras e ... o mais curioso ... há circunstancias em que foram adotadas estas tais certas estratégias inacreditavelmente para preservá-las. Tem sido assim ultimamente, em casa, no trabalho ... Enfim . Que pena !
A vida é assim.
Eu amo panetone, amo o tal do Pandoro.
Amo essa coisa de sentar para tomar um café com alguém.
Aceita um café ? Ainda tem panetone sem frutas ... kkkk
Bjs da Madame !

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