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domingo, 5 de setembro de 2010

Nunca Fui Primeira Dama

Nunca Fui Primeira Dama

Oi ...
Meu programa de domingo foi terminar a leitura do livro "Nunca fui primeira dama" , da escritora cubana Wendy Guerra.
Neste livro a autora mescla ficção com realidade para nos contar os bastidores da Revolução Cubana sob o ponto de vista feminino.

Wendy ainda mora em Cuba, onde sua obra permanece sem publicação, e divulga seus trabalhos por diversos países .

O título do livro parece um tanto quanto enigmático para quem desconhece a História de Cuba.
Explico ....

Quando Fulgêncio Batista implantou uma ditadura, Fidel Castro traçou uma estratégia de tomada de poder por meio das armas.
Ainda adolescente, Célia Sanchez ingressou no setor jovem do Partido do qual pertencia Fidel, fornecendo remédios, alimentos, roupas e conduzindo novos combatentes à guerrilha.
Célia não se satisfez em cumprir este papel.

A partir de 1957 , ingressou na guerrilha como mensageira.

Uma vez implantado o regime castrista (não quero neste espaço discutir questões ideológicas) foi agraciada com o título de Secretária da Presidência do Conselho de Ministros e serviu o Departamento de Serviços do Conselho de Estado até sua morte, por câncer, em 1980.

Ainda não expliquei o título do livro, não é ?
Fidel Castro casou-se duas vezes.
A primeira vez com uma senhora chamada Mirta.
A segunda vez com uma senhora chamada Dalia.

Célia era a auxiliar direta de Fidel, foi responsável pela organização pessoal do Comandante (como o povo cubano refere-se a ele) e era a única (ADORO ISSO!!!) pessoa que o criticava abertamente, sem rodeios, de onde levantou-se rumores se ela não seria uma de suas amantes.

Particularmente não gosto destes rumores.
Felizmente nenhum deles onera a imagem de mulher íntegra que Célia tem.
A imagem de guerrilheira.
A imagem de mulher que lutou por uma causa coletiva.
Acho Célia muito, mas muito bonita.
Vejo em Célia uma beleza daquelas mulheres de verdade, de carne, de osso, de emoções...
Ela não faz parte de um time de mulheres que vive de propaganda.
Quem vive de propaganda é agência de publicidade.
Para ser uma mulher de verdade é preciso mais que uma propaganda.
É preciso um conteúdo.
Conteúdo ela tem de sobra.



2 comentários:

  1. Oi amiga, hoje Cuba é o retrato de um modelo que ruiu com o muro de Berlim, soterrando seus ícones, que hoje estampam e fazem sucesso na publicidade capitalista, em camisetas, posteres e souvenirs.
    Bjs, um abraço.

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  2. Oi Toni,

    Justamente por conta disto optei por não discutir questões ideológicas acerca do Regime Castrista. Sabemos que a ditadura de Batista fora substituída pela de Castro ... Ainda que o modelo tenha ruído, sobretudo após a queda do Muro de Berlim e a dissolução da URSS, os avanços em educação e saúde cubana não conseguem mais sustentar os retrocessos em termos de liberdade de expressão... Como vc bem disse, Célia é um ícone que hoje estampa camisas, souvenirs ...
    Uma pena !
    Lamentável mesmo !
    Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, Chico Mendes, Gandhi, ... ícones ...
    Grande abraço !
    Bjs
    Madame Sucralose

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Comentários para Madame Sucralose