Em homenagem ao Dia Nacional do Samba, o circuito cultural do SESI-RJ deste mês, trouxe uma série de shows com grandes nomes do samba aos palcos do teatro de minha cidade, Campos dos Goytacazes.
Assisti hoje a um espetáculo musical sobre a vida e a obra de Wilson Batista (1913-1968) que reune teatro e música em homenagem ao "maior sambista brasileiro", segundo Paulinho da Viola, intitulado : "O Samba Carioca de Wilson Batista".
É improvável que alguém me veja sambando por aí .
Fui assistir a um espetáculo que reporta a uma época onde o samba era nada mais que uma poesia musicada e eu confesso meu amor pela poesia.
A foto que ilustra este post traz dois sambistas( ou poetas ?) rivais : Noel Rosa e Wilson Batista ... rivalizavam na música o amor que sentiam por uma mesma mulher ...disputavam-a verso a verso, melodia a melodia.
E das canções produzidas desta rivalidade, surgiram réplicas e mais réplicas.
Minha música preferida do Wilson Batista (já ia me esquecendo de comentar que ele é meu conterrâneo, Wilson é campista !!!) chama-se "Pedreiro Waldemar" e é uma crítica social ... afinal, poetas não vivem só de descrever o amor e suas alegrias e dores ...
Pedreiro Waldemar
Wilson Batista
Voce conhece o pedreiro Waldemar?
Não conhece?
Mas eu vou lhe apresentar
De madrugada toma o trem da Circular
Faz tanta casa e não tem casa pra morar
Leva marmita embrulhada no jornal
Se tem almoço, nem sempre tem jantar
O Waldemar que é mestre no oficio
Constroi um edificio
E depois não pode entrar
Voce conhece o pedreiro Waldemar?
Não conhece mas eu vou lhe apresentar
De madrugada toma o trem da Circular
Faz tanta casa e não tem casa pra morar
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