Café

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Mãos

Mãos

Recebi ontem a tarde um recadinho de um mocinho queridíssimo.
Trata-se de um pequeno trecho de um livro do Padre Fábio de Melo e foi tão impactante , disse tanto a minha alma que não resisti e tomei nota num caderninho que estava ao lado do computador .
Anotei  movida pela emoção da certeza de ser Deus falando comigo.
Assim diz Pe. Fábio no referido trecho do livro "Quando o sofrimento bate a sua porta"
(já foi para a minha listinha de livros a serem comprados este ano)

"O milagre é realizado a quatro mãos. Mãos de Deus e mãos humanas. O que deixo de fazer  ou o que negligencio agora poderá comprometer o bem a que Deus já me destinou."

Eu acredito em milagres.
Já vi alguns acontecerem na minha frente.
Milagre é quando algo extraordinário acontece, principalmente quando não vem acompanhado de uma
explicação racional. Até porque a razão humana não compreende a vontade divina.

O que mais me sensibilizou na definição de milagre do Pe. Fábio é esta revelação bombástica de que é necessário disponibilizarmos nossas próprias mãos para que milagres aconteçam.
Em outras palavras, temos que fazer a nossa parte.
Jesus, na sua natureza espiritual, poderia ter estalado os dedos para que aparecessem cestos e mais cestos de pães e peixes ... mas Ele optou por deixar subentendido que o milagre maior é a partilha. Foi preciso apresentar a Ele tudo o que se tinha, para que ele transformasse em algo maior.

Gosto de mãos.
Mãos que acalentam ...
 que fazem cafuné
 que secam lágrimas
 que massageiam...

que preparam uma massa de bolo
que compartilham
que arrumam um pratinho na hora da fome
que fazem o curativo nas feridas
que escrevem o bilhetinho
que digitam o recadinho
que tocam...

Mãos que pegam
Mãos que procuram outras mãos quando falta luz ...

Mãos que apertam outras mãos só pra dizer : "Estou aqui".
Mãos que acariciam
que corrigem
que consolam ...


Para doarmos, estendemos as mãos.
Para recebermos , abrimos as mãos.
Acenamos com as mãos para chamar uma pessoa.
E também acenamos com as mãos para nos despedirmos de alguém.

Mãos ...
Quando tomamos susto, levamos as mãos à boca.
Quando não queremos ouvir algo, levamos as mãos aos ouvidos.

Não conheço carinho mais gostoso do que o que é feito com as mãos.
Uma questão de toque, uma questão de tato.
Mão é algo tão peculiar que até as marquinhas que elas fazem são únicas.
Ninguém tem a sua digital, o seu tato, o seu jeito de dar a mão, de se dar.

Até as ciganas sabem que parte de nossa vida se encontra em nossas mãos,
não é a toa que insistem em lê-las ...
insistem bobamente porque eu, Madame Sucralose, nunca e nunca deixo.






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