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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O poder terapeutico do amor

O poder terapeutico do amor
Segunda-feira estava necessitadíssima de uma distração, de algo que me desligasse de algumas chateações e quando dei por mim, estava me ajeitando numa poltrona confortável para ver um filme.
O título do filme "Amor e outras drogas" e o cartaz dele me fizeram pensar que se tratava de um romancezinho daqueles beeeem água com açúcar, daqueles bobinhos que você só assiste para dizer :
"Ok, me distraí e agora tô beleza".

As primeiras cenas te fazem pensar : "Ai, é um filme como trilhões de outros que já assisti", aquele mais básico do que feijão com arroz : um sujeito que se acha cercado de mulheres e comecei a pensar :
Definitivamente isso não vai me distrair, detesto cair em pegadinhas.
Pegadinhas fazem eu me sentir burra.
São piadinhas que preciso de um tempinho para entender.

Achei que o título do filme fosse assim : uma pegadinha.
Julguei que falar do amor e outras drogas seria uma comédia romântica daquelas bem suspirantes.
Uma mocinha sofrendo barbaridades por amar um mocinho.
E a palavra droga estaria sendo usada de maneira perjorativa.
Droga no sentido de "coisa ruim", "M..."

Mas, Madame Sucralose se enganou ...
Passada a chatice inicial do filme , do lugar comum
vi desenrolar cenas tórridas de encontros rápidos do tal carinha que se acha com a garota que também se acha , mas usa essa maquiagem de se achar para mascarar o mal de parkinson que tem.
E aí, o título do filme começa a se fazer mais claro.
Droga não foi utilizado no sentido de ser uma coisa ruim, péssima, mas no sentido de medicamento mesmo.
Trata-se do encontro de um representante de remédios com uma garota que precisa deles para ter qualidade de vida . Ela não admite um relacionamento mais concreto por temer as implicações de sua enfermidade.

O filme retrata o assunto com delicadeza.
Você passa a compreender as razões do comportamento dela e fica encantada de ver as mudanças no comportamento dele. O amor tem um efeito terapeutico para os dois.

Recomendo o filme para as pessoas que acreditam na superação através do amor.
Na capacidade que o amor tem de te fazer enxergar o outro com outros olhos, sob uma nova perspectiva.
Quando o mal de parkinson se torna mais evidente , ela passa a questionar o porquê dele estar com ela, o agride e acaba se agredindo também.
Sabem o que acontece ?
Existem pessoas que só se sentem felizes quando tudo parece ir bem.
Fingem viver num comercial de margarina.
Fingem.
Para amar o outro ele precisa não ter problema algum.
Quando os problemas aparecem (porque uma hora eles aparecem mesmo) , nossa porção de amor devotada aquela pessoa se torna menor.

É justamente quando a doença se evidencia que o romance caliente do filme se esfria ...
Como se para se amarem as pessoas tenham que estar num ótimo momento para o sexo.
São tão condicionadas a isso, que não admitem outras brincadeirinhas , não sentem o prazer da companhia, da conversa, das mãos dadas , não gargalham juntos, não se curtem.
O prazer promovido pelo orgasmo é ótimo, mas fugaz.
Acho lindo quando o prazer é estar com a outra pessoa, independente de quaisquer outras coisas.


Não contarei o final do filme , ok ?
Beijocas da Madame Sucralose




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