Café

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sábado, 26 de novembro de 2011

Alicate ...rsrsrs

Por motivos de força maior, não deu para eu ir hoje ao salão fazer as unhas .
Eu tinha hora marcada, a mocinha ligou para confirmar, desmarquei e minhas unhas ficaram mesmo sem fazer.
Era por um motivo mesmo muito forte , inadiável ...
Havia um mocinho fazendo um serviço na minha casa de maneira que eu não poderia ausentar-me dela .
Tive de botar na balança ir ao salão ou agilizar a instalação de um equipamento, e a instalação pesou mais, muito mais ...


Existem coisas que uma mocinha não pode deixar de fazer.
As unhas , por exemplo .
Felizmente ou infelizmente precisamos estar , digamos, "apresentáveis" .
Eu deveria colocar milhões de aspas sobre a palavra "apresentável" , até mesmo pelo receio de ser mal interpretada ... mas , enfim, é fato que precisamos manter o mínimo, o padrão mínimo de higiene e até civilidade ... estar de unhas feitas é sinal visível de que vc se cuida ... E, se vc se cuida, se tem este gosto de estar (olha eu de novo com esta palavra ....) "apresentável" e, sobretudo, se lida com o público pode ser sintoma de que também tem zelo pelo que está fazendo , qualquer que seja seu ramo profissional .

Tudo isto para dizer que : não há a menor possibilidade de eu chegar no meu trabalho sem estar com as unhas lixadas, cutiladas e com uma discreta base ... Então, depois que o mocinho que veio instalar um equipamento se foi e eu limpei toda a bagunça que a instalação causou, tomei um banho e fui me aventurar a fazer o meu máximo com as unhas ...

Que eu não saberia cutilá-las, isso eu já sabia , óbvio ... razão única que me faz pagar uma manicure todo sábado. O que eu havia me esquecido é que recentemente fui numa casa especializada em cutelaria de minha cidade para amolar o alicate. Esqueci por completo que ele estava amoladíssimo e aí, queridos, nem queiram imaginar o tamanho do corte que sofri ...

Sim, me cortei ... naquele cantinho do dedinho ... doeu, sangrou ...
Quando o sangramento estancou, espirrei um mertiolate para terminar de arder tudo o que eu já estava sentindo ... Dei um pequeno gritinho até sentir que meu dedinho ficou latejante, pulsante, vibrante como tudo é na minha vida ... Chorei, enxuguei as lágrimas e me senti confortada pela delicadeza do band-aid embrulhando o dedinho como um abraço de alguém querido .

As vezes isso acontece não só com meus dedinhos ... acontece também com o coração.
Ele sofre cortes, ausências, saudades até ficar violentamente latejante, dolorido ... daquele corte que a gente nem demonstra que está sentindo, nem conta que está doendo ... daquele corte que nos emudece ...
Saudade é um corte de alicate amolado na pontinha do coração.

Vou me embrulhar num band-aid pra ver se ameniza porque passar, sei que não passará .

Conselho da Madame Sucralose nesta noite de sábado :

"Desamolem"  seus alicates ...
Cortes abruptos doem demais !

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