Café

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dilúvio !!!

Dilúvio !!!

Acordei de madrugada com o estrondo de uma trovoada e, logo em seguida, o clarão de um relâmpago.
Levantei trêmula.
Não sei dizer se é medo, mas definitivamente não gosto.
Houve uma sucessão de relâmpagos que me fizeram desligar o ar e buscar numa gaveta da cozinha uma caixa de fósforos e uma vela, caso faltasse luz.
Escuro.
Outra coisa que me incomoda.
Não sei dizer se é medo, mas não gosto.
Permaneci ouvindo as trovoadas por um bom tempo.
Tirei os eletrodomésticos da tomada e, aos primeiros pingos da chuva grossa que caía, não resisti e abri a janela.
Amo este cheiro de terra molhada, de paralelepípedo sendo lavado, de telhado da casa se refrescando.
Não chovia.
Não, não era uma chuva.
Era um dilúvio.
Quase que se podia ver ao longe Noé com a sua arca, analogia que me fez rir sozinha nesta madrugada.
Eu não acredito em coincidências, mas por incrível que pareça ontem a noite estava meditando acerca da história de Noé.
Grande ousadia da parte dele construir uma arca em meio a terra seca.
E, mais sério do que construir a arca é entrar nela.
São quase nove horas da manhã e continua caindo uma chuva pesada, que fez com que a temperatura caísse consideravelmente e meu café está esfriando enquanto estou tecendo estas considerações.
Partilhando o medo da trovoada e a coragem de construir arcas.
Afinal, pensando bem, a trovoada é o anúncio de uma grande chuva.
É o sinal de que arcas precisam ser construídas.

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