Vou ao Shopping buscar um vestido que deixei para acertarem a bainha.
E enquanto me ajeito para ir lá, estive pensando no quanto as roupas que vestimos traduzem quem somos.
Gosto muito de observar nas fotos de época a maneira como as pessoas se trajavam, se penteavam, se portavam ...
Verificar os padrões existentes , independente da categoria social que a pessoa fotografada faz parte.
E ... mesmo fugindo aos padrões, o quanto algumas pessoas sofrem preconceitos pela opção do estilo da roupa que veste.
Falamos tanto das muçulmanas que precisam estar escondidas debaixo de uma burka e não nos damos conta que muitas ocidentais também são forçadamente obrigadas a andar semi-nuas para fazer parte daquilo que chamam de normalidade.
Eu fujo a esta regra.
Não consigo me conceber fazendo o papel da "gostosa". Nunca fui um "mulherão". Pelo contrário, sou mulherzinha mesmo. Sinto um grande prazer em me cuidar, vou ao salão religiosamente todo sábado a tarde para fazer as unhas . A probabilidade de eu mesma fazer minhas unhas é minúscula. Por quê ? Se eu mesma fizer minhas unhas, precisarei chamar a ambulância da Unimed e deixá-la a postos na porta da minha casa. Eu não tiro um bife, tiro uma peça de picanha inteira de cada dedinho e como não vale a pena me machucar tanto, tenho horário pré-fixado no salão : todo sábado, às 14 horas !
Hoje além das unhas, escovarei o cabelo. Afinal, irei a uma festa !
No corre-corre que foi minha semana , me esqueci de telefonar para a oftalmologista e encomendar um par de lentes.
Eu detesto usar óculos.
Porque os uso desde criança.
E não uso as lentes direto porque , infelizmente, me incomodam uma barbaridade. Meus olhos ressecam muito rápido e mesmo pingando colírio toda hora , fica parecendo que tem areia. Uó !
Problemas de visão deveriam ser resolvidos com um comprimido , não acham ?
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