Café

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Quase um Dilúvio

Chovia uma barbaridade quando saí ontem a noite do trabalho .
Passava das dez da noite e tudo o que podia ser visto eram  os clarões dos relâmpagos.
Ouvia-se ao longe as trovoadas.

Aprendi a conviver com o medo que as tempestades me causavam.
Não deixei de temê-las.
Os relâmpagos continuam me deixando tensa.
O estrondo de uma trovoada também.
O que me fez conviver melhor é a certeza de que a tempestade uma hora cessará.

E ontem, ao chegar à casa muito molhada da chuva , fui para baixo do chuveiro morno
fazendo analogias, conjecturas ...
Não há mal que sempre dure .
Uma hora cessará ...

Com a cabeça enrolada numa toalha para secar os cabelos,
fiquei encostada na janela vendo a chuva cair lá fora .
Aquele aguaceiro todo caindo e eu , enfim acolhida, com uma xícara linda cheia de chá
aguardando uma calmaria ...
aguardando que os relâmpagos ao menos diminuissem
e eu pudesse ligar o notebook .

Vi , da janela, um carro enguiçar por causa da água e imediatamente me lembrei de Noé.
Noé é um dos homens que eu mais admiro e conto o porquê...

Não estava chovendo quando ele construiu a arca.
Certamente zombaram dele e isso não foi o bastante para que ele abandonasse aquele projeto.
Tinha um objetivo traçado e aplicou todos os esforços nas ações de fazê-lo acontecer.

O que dizer de uma pessoa assim ?
Vontade louca de oferecer meu chá para ele.


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